Cessar-Fogo na Faixa de Gaza: Hamas e Israel chegam a acordo histórico

Após 15 meses de conflito devastador, proposta de trégua envolve libertação de prisioneiros e planos de reconstrução na região​


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Depois de mais de 15 meses de um conflito que deixou mais de 45 mil mortos, o Hamas anunciou nesta quarta-feira (15) que aceitou a proposta de cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza. A resposta foi entregue aos mediadores do Catar e do Egito, que desempenharam papel crucial nas negociações.

Em comunicado oficial, o grupo declarou que a decisão foi guiada pela necessidade de proteger os civis palestinos e conter a “agressão sionista”. Segundo os termos preliminares, o cessar-fogo terá uma duração inicial de seis semanas, com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de reféns e prisioneiros.

Etapas do acordo​

O plano foi dividido em três fases principais:

  1. Primeira Fase:
    • Troca de prisioneiros, com prioridade para mulheres, crianças, idosos, feridos e doentes.
  2. Segunda Fase:
    • Após 16 dias, libertação de prisioneiros restantes, incluindo homens e soldados.
  3. Última Fase:
    • Discussão sobre um governo alternativo para Gaza e implementação de planos de reconstrução.
As negociações, conduzidas por Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, buscaram garantir que o Hamas não participe de um futuro governo palestino, reafirmando o compromisso de Israel em evitar que grupos extremistas mantenham controle militar na região.

Reações ao acordo​

Nos Estados Unidos, o presidente eleito Donald Trump atribuiu o sucesso da negociação à sua eleição. Em uma postagem nas redes sociais, ele destacou a continuidade dos Acordos de Abraão como base para a paz na região.

Por outro lado, em Israel, o acordo enfrenta resistência de membros do governo, como o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que chamou o pacto de “terrível”. A oposição interna ameaça a estabilidade do governo de coalizão israelense.

Contexto histórico​

O conflito entre Israel e Palestina remonta a 1948, com escaladas recentes desde outubro de 2023, quando o Hamas lançou ataques em reação aos Acordos de Abraão. Estes acordos normalizaram relações entre Israel e países árabes, mas também intensificaram tensões com grupos palestinos.

O cessar-fogo representa uma esperança de pausa nos combates, mas analistas alertam que a implementação do acordo será complexa, especialmente devido às divisões políticas internas e à desconfiança mútua entre as partes.
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Deivison Liniker
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