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Novela Digital - Capítulo 7 O sistema digital de televisão via satélite consolida-se pelo mundo afora. Esse sistema, adotado pela maioria de países do mundo é o Europeu DVB-S. Foi introduzido no Brasil em 1996, através da Globo e Abril. A TV digital via cabo tem dois grandes concorrentes, em versões dos padrões americano e europeu. Esses sistemas permitem multiprogramação, interatividade (por terem canais de retorno em tempo real) e alta definição. A principal vantagem da TV a cabo é o assinante quem decide por qual tipo de serviço vai pagar. A transição de sistemas também é decidida pelo assinante, que conta inclusive com a opção dos velhos sistemas analógicos, pois todos eles convivem pacificamente na transmissão via cabo. A TV digital via cabo começa a engatinhar no Brasil. Quanto à televisão terrestre, nem tudo são flores... |
Novela Digital - Capítulo 8 Após oito anos de lançamento do sistema ATSC (versão terrestre) nos EUA, a TV digital está presente em 1 milhão dos 20 milhões de lares cobertos por esse serviço. Os radiodifusores americanos não estão satisfeitos com os resultados obtidos, pois o desejo deles é que a TV aberta amplie a sua fatia de participação no mercado e que o serviço volte a ser um sério concorrente da TV a cabo e satélite. O Reino Unido é o líder da Europa. De 12 milhões de lares servidos pelo sistema DVB-T, cerca de 2 milhões já aderiram à novidade. A TV aberta no Reino Unido é vista como um "serviço complementar" e a sua transição vem sendo subsidiada pelo governo. O desenvolvimento dos sistemas de televisão digital não parou com o modelo americano e o europeu. O modelo europeu derivou-se em outros dialetos, como o modelo australiano, japonês e francês. (Talvez venha a ter uma versão tupiniquim...) A China, que pesquisa um modelo próprio, testa variações do modelo americano e europeu. |
Novela Digital - Capítulo 9 Os maus resultados obtidos nas primeiras experiências da Televisão Digital Terrestre, devido à baixa penetração nos EUA e algumas falências na Inglaterra e Espanha, deram origem a mais duas "tentativas" híbridas. Uma delas é o sistema Indiano "Telisar", que permite a transmissão silmultânea de dois programas de televisão em um único canal analógico NTSC. O outro sistema é o norte-americano "dNTSC", criado pela Dotcast, que permite o serviço de televisão sob encomenda dentro de um canal analógico NTSC. Ambos modelos foram apresentados na feira da NAB- Associação de Radiodifusores Americanos em 2002. O sistema indiano não foi reconhecido pela União Internacional de Telecomunicações. O sistema americano recebeu a autorização de funcionamento nos EUA pela FCC - Comissão Federal de Telecomunicações. A Disney testou o sistema dNTSC durante dois anos em três cidades dos EUA. A Disney oferecia cem títulos de filmes de cinema por semana, graváveis em um equipamento especial, nas casas dos assinantes. Embora os sistemas híbridos, americano e indiano, fossem limitados em relação à cobertura e capacidade de transporte dos sistemas "totalmente digitais", tinham a vantagem de evitar a duplicação dos sistemas de trasmissão (Estúdios, Canais, Transmissores, Repetidores). Essas operações em duplicidade, conhecidas como "simulcast", são muito caras e forçam as emissoras apressarem o "apagão" da televisão analógica. Isso pode levar aos telespectadores a necessidade inadiável de compra de conversores para que seus aparelhos analógicos continuem funcionando. ADENDO A Volta do Sistema dNTSC (agora em alta definição). Lançado em 2002 na feira da NAB, o sistema Analógico-Digital compatível dNTSC foi testado pela Disney, no modelo de TV sob encomenda "Moviebeam", permitia a transmissão de 100 filmes de cinema por semana, em qualidade digital padrão. Após o período de testes em três cidades americanas durante dois anos, o sistema foi desligado e entrou em estado de latência. Para surpresa de muitos, esse sistema volta em operação nos EUA em 26 cidades, cobrindo 50% dos mercados de televisão. A novidade que agora a transmissão é em alta definição e "vai de carona" através dos canais tradicionais de televisão analógicos, em NTSC. Parece estranho o retorno do sistema dNTSC, principalmente por que o Presidente dos EUA assinou o fim das emissões analógicas para o início de 2009, em favor do sistema ATSC. Será que o "sessentão" NTSC vai "dar a volta por cima" mais uma vez? |
Novela Digital - Último Capítulo? Enquanto o Brasil pesquisa o modelo ideal de TV digital terrestre, a fim de contemplar o telespectador com alguma forma de interatividade, os concorrentes mundiais de TV terrestre, a cabo e satélite se degladiam. Para complicar o quadro, surge agora mais uma personagem nessa interminável novela. As velhas operadoras de telefone, que apanharam tanto para acompanhar o desenvolvimento das técnicas de comunicação digital, estão estreando um serviço de IP-TV nos EUA, Itália e Suíça nas suas (ociosas) linhas de comunicação em banda larga. Curiosamente, esse novo serviço está sendo implementado em áreas em que participação da TV a cabo convencional é muito baixa... A IP-TV é a TV em protocolo internet, padrão mundial único (até que enfim!), permite ao assinante a assistir vários canais de TV em tempo real além de gravar programas e filmes "a lá carte". A interatividade é total e o assinante paga apenas pelo que usa. Cogita-se adotar esse padrão em transmissões terrestres, o que permitiria alocar 20 canais de TV em um único canal convencional. No entanto, a tecnologia para esse serviço ainda não está madura. O grande desafio é reduzir alto custo dos receptores, pois tornam-se complicados como os computadores. Um padrão de IP-TV universal, produzido em escala mundial, venceria esse desafio? [*] Nota Esse último capítulo foi escrito e publicado em outubro de 2005 De lá para cá surgiram os smartphones avançados, e, entre outras, "lives" via Youtube. Ninguém mais se espanta quando um cidadão produz e apresenta programas ao vivo, dirigidos a centenas ou milhares de seguidores por um custo zero, e , em muitos casos, monetizados pela plataforma. Algumas emissoras como a Band, por exemplo, disponibiliza o jornal da noite pela internet. Dessa maneira , é possível assistir ao noticioso de qualquer ponto do planeta em tempo real. Podemos afirmar que a IP-TV é uma realidade. Embora não tenha tomado o lugar da TV tradicional, abriu um novo espaço para a televisão. Perguntinha final: Por que a TV tradicional talvez nunca acabe? A resposta é de Millôr Fernandes: - Em comparação ao televisor, a tela do cinema é gigantesca, mas a poltrona de casa é bem mais confortável. |
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